O homem estava a
caminho do aeroporto. O táxi rodava pela faixa devida, quando um outro veículo
saiu, subitamente, de um estacionamento, cortando-lhe a frente.
O taxista pisou no
freio com força, deslizou e escapou de bater em outro carro por um triz!
O motorista
começou a gritar, nervoso. Porém, o taxista manteve-se inalterado. Apenas
sorriu e acenou, fazendo um sinal de positivo, de maneira bastante amigável.
O passageiro do
táxi, de certa forma indignado, perguntou:
Por que você fez
isso? Aquele cara quase arruína o seu carro e quase nos manda para o
hospital!!!
O taxista,
traduzindo tranquilidade deu uma explicação singela e profunda:
Muitas pessoas são
como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de detritos, cheias de
frustrações, de raiva e traumas!
À medida que o
lixo aumenta, elas precisam de um lugar para descarregar e, às vezes,
descarregam sobre a gente.
Nunca tomo isso
como pessoal. O problema não é meu! É delas!
Apenas sorrio,
aceno, desejo-lhes sempre o bem, e sigo em frente.
Não pego o lixo
das pessoas e nem o espalho sobre os outros, seja no trabalho, em casa, ou nas
ruas. Fico tranquilo…
Respiro... E deixo
o lixeiro passar.
Pessoas felizes
não deixam qualquer detrito estragar o seu dia.
*
* *
A tolerância é
caridade em começo.
Exercitando-a,
continuamente, encontraremos excelentes resultados do bem onde estejamos, com
quem convivamos.
Condescendência
para com os direitos alheios, não produzindo choque, não escandalizando,
seguindo os mesmos caminhos de todos com atitude correta na busca de
algo que nos dignifica, é relevante testemunho de tolerância.
Jesus, o instrutor
de sempre, convidado a pagar o tributo do templo, aceitou, elucidando: Não
provoquemos escândalo. E cumpriu com esse dever para melhor poder
trabalhar em Seus sublimes compromissos para com Deus.
A tolerância nos
evita o contágio com a inquietação do mundo.
A tolerância nos
salva de cair no fosso dos pensamentos negativos e insanos que, por vezes, nos
atiram em armadilhas das quais dificilmente escapamos.
Toleremos,
relevemos, desculpemos, compreendamos.
Todos temos nossos
dias difíceis, nossas vidas atribuladas, nossas provas e expiações que, muitas
vezes, estremecem nossos dias.
Compreendamos como
desejamos ser compreendidos.
Atrás de alguém
esbravejando sem aparente razão, atrás de uma voz grosseira, há uma alma
pedindo socorro.
Atrás de palavras
que machucam, de atitudes deseducadas, há alguém querendo descarregar suas
frustrações, seus medos, suas tristezas.
Não recolhamos
esses detritos. Eles não são de ninguém.
Não desejemos
estar certos, fazermos justiça, dizermos verdades. Não é este o momento.
Oremos, peçamos
por aqueles que, por vezes, se desequilibram tão facilmente, que parecem
carregar uma bomba-relógio no coração.
Esses precisam
muito encontrar o caminho da paz interior, e não nos encontramos na mesma
estrada sem motivo.
Pensemos nisso.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap 56, do livro Convites da Vida, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco, ed. LEAL.
Em 9.12.2019.
Em 9.12.2019.
Luz, Amor e
Gratidão
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