De um modo geral, ficamos atentos às
notícias, o que nos leva a sintonizarmos,
muitas vezes, com vibrações
desagradáveis e até perturbadoras.
As descrições detalhadas de atos de
violência, a constante visualização de crimes bárbaros, assaltos, agressões,
nos levam a pensar que o mundo está muito ruim.
Bastaria, no entanto, evitarmos
determinados noticiários para percebermos quanta luz existe, quanto bem sendo
realizado.
Se pudéssemos colocar em uma balança
todas as notícias que ouvimos, possivelmente iríamos constatar que é bastante
expressivo o número de pessoas dedicadas ao bem e ao próximo.
Um exemplo disso, é o casal Mike e
Camille Gerardi que, nas últimas quatro décadas, adotou oitenta e oito
crianças.
O pediatra e a enfermeira se conheceram
em mil novecentos e setenta e três, no Hospital da Criança de Miami, na
Flórida.
Durante todos esses anos, eles viram
muitos pais deixarem no hospital filhos que nasceram com doenças ou algum tipo
de deficiência.
Preocupados com o destino delas,
decidiram adotá-las.
Camille conta que quando Mike a pediu
em casamento, ela lhe disse que sonhava ter uma casa para crianças. De
imediato, ele afirmou: Eu quero seguir seu sonho.
A primeira adoção aconteceu em mil
novecentos e oitenta e seis.
Desde então, acolheram crianças
diagnosticadas com síndromes de Down e de Zellweger, com má formação craniana,
autismo, deficiências motoras, lesões e outros distúrbios.
Várias dessas crianças estavam
desenganadas, mas muitas sobreviveram.
Mike desencarnou aos setenta e três
anos, vitimado por um câncer agressivo.
Contudo, Camille continua firme e forte
na tarefa que assumiu.
Em sua casa na Geórgia, ainda moram
vinte filhos.
Os adultos trabalham e constituíram
suas famílias.
Ela se sente realizada.
* * *
Possivelmente, em algum momento,
tenhamos pensado em adotar uma criança. Entretanto, nos deixamos vencer por
dúvidas e incertezas, medos e preconceitos.
E, com isso, não nos permitimos um
exercício mais profundo do amor.
A adoção é uma maternidade especial:
não geramos o corpo mas acolhemos em nossa família e oferecemos amor a um filho
da carne alheia.
Um filho cujos pais, por uma razão ou
outra, não quiseram ou não puderam assumir a responsabilidade pela sua criação
e educação.
Pode ser um parente próximo ou
distante. Ou não ter conosco nenhum traço de parentesco.
De toda forma, sabemos que nada
acontece ao acaso em nossas vidas.
A criança que nos chega, pedindo
abrigo, pode ser alguém com quem, de alguma forma, em passado recente ou
remoto, nos vinculamos.
Ou simplesmente, alguém que, como nós,
necessita de amparo e Deus, na Sua bondade, o direciona aos nossos braços,
oferecendo-nos a oportunidade de exercitarmos doação e aconchego.
Isso porque o amor de Deus, na face da
Terra, se expressa através dos corações dos Seus filhos. E todo aquele que ama,
exercendo o bem, angaria bênçãos para si próprio.
Em síntese, o bem faz bem a quem o
pratica.
Redação do Momento Espírita, com base
em dados colhidos em notícias a respeito do casal Mike e Camille Gerardi.
Em 14.9.2019..
Luz, Amor e
Gratidão
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