Nos dias de
tristeza, quando a alma se veste de luto e tudo parece desencanto, buscamos o
Senhor da Vida.
Nossa rogativa se
transforma em lamúrias porque há muita dor em nossa intimidade.
E, ainda assim,
guardamos reservas para com o irmão que ora ao nosso lado.
Mesmo em meio ao
cenário triste da pandemia que arrebata vidas, ao lado de outras tantas
enfermidades que, há anos, vem retirando do mundo os seres humanos, alguns de
nós olhamos de forma diferenciada os irmãos de outras crenças.
Esquecemos que
Jesus nos afirmou que o Pai vê o que se passa em secreto, ou seja, no profundo
da criatura, e recebe toda súplica, providenciando o socorro.
Os ensinos do
Mestre de Nazaré prosseguem a nos esclarecer como O fez para a samaritana, no
poço de Jacó.
Naquela época, a
discussão era em torno do local em que deveriam ser proferidas as preces
a Yaweh.
Seriam melhores as
que fossem ditas no suntuoso templo de Jerusalém? Seriam essas as ouvidas pelo
Pai Celeste?
Ou, aquelas
pronunciadas no Monte Garizim, mesmo após a destruição do templo ali erguido,
seriam ouvidas igualmente?
Qual delas
revelaria, enfim, a verdadeira adoração?
Jesus, o Mestre
Incondicional, com Seu pensamento universal e atraindo todas as Suas ovelhas
para o mesmo redil, pronunciou-se, elucidando:
Está
chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Os
verdadeiros adoradores, adorarão o Pai em espírito e verdade.
De
fato, esses são os adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito e aqueles que
O adoram devem adorá-lO em espírito e verdade.
O ensino era para
aqueles dias. Também para os do futuro. Para todos os homens. Deus é um só.
Criador. Pai Celeste.
Infinitamente
amoroso, acolhe as súplicas que lhe dirigem os Seus filhos, residam nas grandes
metrópoles ou nas terras áridas.
Realizem as suas
rogativas em suntuosos templos ou em plena natureza. Ou em um casebre, à beira
da estrada.
O verdadeiro altar
é o do coração. Por isso, o ensino crístico recomenda, quando orarmos, nos
retirarmos para nosso quarto, fecharmos a porta e nos dirigirmos ao Pai em
secreto.
Isso quer dizer,
mergulharmos em nossa intimidade, cerrar os olhos e ouvidos a tudo que nos
possa distrair do propósito de dialogarmos com Aquele que alimenta as aves,
levanta as ondas do mar e veste a erva do campo.
Seja a prece esse encontro
mais íntimo com Deus.
Como fazia o
Mestre, que buscava o silêncio para se ligar mais intimamente ao Pai.
Servia a todos,
horas e horas. Depois, refazia-se, unindo-se em prece Àquele cujo pensamento
Ele interpretava na Terra.
Para isso, o
silêncio. De fora. A tranquilidade de dentro.
Ante o sacrifício
que logo mais lhe seria exigido, entregue às mãos dos homens que O temiam, ou
não O desejavam entender, Ele ora.
E, outra lição de
valor, pede aos amigos que estão com Ele, que O acompanhem na prece.
Isso nos diz da
importância de, ante as provações que nos alcançam, pedirmos aos nossos amigos
que se irmanem conosco na oração em nosso favor.
Oração. Hoje,
amanhã, sempre. Verdadeira escada de Jacó que une a criatura aos céus.
Redação do Momento Espírita, com transcrição do Evangelho de João, cap.4, versículos 21, 23 e 24.
Em 23.10.2020.
Fonte: Momento
Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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