Naquela ensolarada
manhã, uma grande multidão cercava o Mestre Galileu.
Jesus ensinava
àqueles que O escutavam, a respeito da importância de confiar no Pai Celestial.
Um dos homens se
aproximou dEle. Aparentemente, pouco lhe compreendera as palavras, visto que
estava preocupado apenas com o fato de que seu irmão o estava prejudicando com
relação à partilha de uma herança.
Dessa forma,
desejava que o Mestre tomasse partido naquele litígio familiar.
Entretanto,
cumprindo Sua missão pedagógica para conosco, o Cristo aproveitou-se daquela
situação para contar significativa parábola.
A
terra de certo homem rico produziu muito bem. Ele pensou consigo mesmo: "O
que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita."
Então disse: Já
sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores,
e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens.
E
direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos
anos. Descanse, coma, beba e alegre-se.
Contudo,
Deus lhe disse: "Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida.
Então, quem ficará com o que você preparou?"
Assim
acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus.
* * *
Nenhuma conquista
material é eterna.
Tudo o que
acreditamos possuir não passa de empréstimo divino, ferramentas da Misericórdia
Celeste para que, moral e intelectualmente, possamos progredir.
Pelos tesouros
acumulados na Terra, quantas famílias se corromperam, quantas amizades se
desfizeram, quantas oportunidades de evolução foram lançadas ao léu?
O tempo nada
perdoa. A ferrugem, o desgaste, o pó vem para todas as coisas materiais.
Até mesmo o corpo
físico nos é um empréstimo e, a seu tempo, a natureza, segundo suas regras,
tratará de desfazê-lo.
O que levaremos
conosco quando o convite divino nos chegar e retornarmos à Casa do Pai?
Somente os
tesouros do céu.
A caridade, que
nos permite enxergar no próximo a assinatura divina que há também em nós e que,
portanto, faz-nos todos irmãos, responsáveis uns pelos outros.
A fraternidade,
vivenciada com um simples Bom dia, ofertado com sinceridade,
um ombro amigo àquele que carece de incentivo, um sorriso gentil aos invisíveis
que pouco ou nenhum valor recebem em nossa sociedade.
A percepção do
quão ricos somos: temos o sol que nasce todas as manhãs. Diariamente, temos a
oportunidade de construirmos a nossa felicidade e contribuirmos para com a
felicidade alheia.
Eis o amor que,
singelamente, se expressa em sua forma mais pura e simples.
* * *
O túmulo é a prova
de que nenhum bem material nos acompanha no curso de nosso retorno às moradas
celestes.
Quando bem
utilizados, os empréstimos materiais têm a função de nos auxiliar nas tarefas a
que nos comprometemos quando reencarnamos.
Para o outro plano
da existência, levamos apenas o profundo, inquebrantável e perene amor.
Amor, laço que a
todos nos une e é, sem sombra de dúvidas, nosso guia seguro pela eternidade que
nos aguarda.
Pensemos nisso!
Redação do Momento
Espírita, com base no Evangelho de Lucas, cap. 12,
versículos 16 a 21.
Em 13.10.2020.
.Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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