Ao contemplarmos o
panorama artístico, constatamos muitas lacunas. São bailarinos, cantores,
músicos, poetas que se foram, demandando o Grande Além.
Muitos deles, de
forma prematura, levados pelo uso excessivo de drogas ou vida desregrada, que
lhes custaram dores e o retorno à pátria espiritual, no auge das suas
carreiras.
Sentimos falta
deles. Falta das piruetas no palco, em que pairavam no ar por segundos. Falta
dos passos ritmados, acompanhando a música magistral de grandes compositores.
Vídeos antigos nos
fazem relembrar da sua graça, da sua leveza, do corpo dominando maravilhosa
técnica.
Imaginamos quanto
treinaram para atingir aquela quase perfeição de passos, de gestos, imitando
borboletas que voejam no jardim...
Lembramo-los com
saudade. E pensamos quanto mais poderiam ter nos ofertado da sua arte, se não
houvessem deixado a Terra tão precocemente.
As saudades falam
alto em nosso coração.
Também de cantores
cuja voz nos encantava. O domínio de público, que conseguia que a multidão lhes
obedecesse ao comando, formasse coro com eles, vibrasse junto.
As gravações
no-los trazem à memória de forma mais intensa. Mas, constatamos que a sua
permanência entre nós poderia ter feito a diferença maior no mundo.
Quem encanta com
sua arte, inebria a alma de quem os assiste, os ouve.
Uma canção pode
nos levar às alturas, nos aliviar a dor que teima em nos machucar a alma, nos
permitir que lágrimas rolem por nossas faces, aliviando a tensão interna.
Quem acompanha a
música com seus passos e gestos, enchendo nossos olhos de beleza e
encantamento, tem o condão de nos transportar, por minutos que sejam, a um
patamar mais elevado, próprio da arte.
Lamentamos suas
ausências. Prezaríamos houvessem permanecido conosco um tanto mais. Poderia
assim ter sido, não tivessem, por problemas próprios, esquecido de cuidar com
esmero da máquina física.
Oramos por eles,
manifestando a nossa gratidão. E desejando lhes alcançar os Espíritos, onde
quer que se encontrem. Merecem nossas melhores e mais intensas vibrações.
* * *
Cuidar do corpo.
Tão importante quanto cuidar do Espírito. Porque o corpo é o nosso instrumento
de trabalho, nossa enxada, nosso trator, nosso cinzel.
É ele que o
Espírito comanda. É ele que nos permite a atuação na Terra, ensinando,
construindo, produzindo.
É o nosso cérebro,
iluminado pela mente, que produz peças de literatura, obras na arquitetura, na
engenharia, nas ciências.
São nossas mãos
que compõem telas de beleza ímpar. São nossas mãos que erguem o mundo novo, que
acalentam os bebês, que acolhem os amores.
São nossos pés que
nos levam a andar ao encontro do outro.
São nossos olhos
que contemplam o abismo enquanto o cérebro elabora a ponte que concretizaremos,
logo mais, materialmente.
São nossos ouvidos
que ouvem a chuva no telhado, a gota d'água que bate na calha e nos oportunizam
compor melodias que lhes reproduzem os sons.
Nosso corpo.
Ferramenta. Instrumento de trabalho. Compete-nos preservá-lo, a fim de que nos
permita a mais longa execução do planejamento para o qual retornamos a este
planeta.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 27.10.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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