O sábio Lavoisier afirmou que no mundo nada se cria, nada se perde, tudo
se transforma. Isso aprendemos na escola e é exato.
O que temos observado, contudo, é que atualmente, as transformações
estão sendo cada vez mais rápidas.
Recordam-nos os autores espirituais que, para construir a floresta, a
natureza demora séculos sobre séculos, partindo das sementes simples até à
grandiosidade das sequoias e a resistência do carvalho.
Para destruí-la basta a chispa de fogo, muitas vezes consequência do
descuido e do descaso humanos.
Para construir um avião, equipe de técnicos primorosamente escolhidos
associa os prodígios da inteligência, agindo em conjunto.
Todos os detalhes são pensados e revistos, na busca pela segurança e
arrojo tecnológico.
Para destruir uma aeronave, é suficiente um erro de cálculo.
Para a edificação de uma cidade os homens empregam anos e anos de
sacrifício. Constroem a escola, o hospital, os jardins, as casas. Cada detalhe
é examinado e projetado para melhor servir às necessidades humanas.
Para destruí-la, suficiente se faz uma bomba.
Para construir são precisos amor e trabalho, estudo e competência,
compreensão e serenidade, disciplina e devotamento.
Para destruir são suficientes golpes de martelo, um artefato explosivo,
um fósforo esquecido.
Assim também acontece com a reputação de uma pessoa, que é resultado de
anos de esforço e dedicação, em que demonstra, paulatinamente, seus valores e
competência, seja no âmbito científico, social, religioso.
É o trabalho continuado que atesta a capacidade do trabalhador.
No entanto, o poder vigoroso de uma língua mal-intencionada tem a
capacidade de denegrir a imagem de pessoas íntegras e instituições nobres.
Tudo começa como um rastilho de pólvora, para estourar adiante,
arrojando por terra anos de renúncias, dedicação, assistência.
Muito oportuno se meditássemos um pouco sobre essa arma mortal, que é a
nossa língua, direcionando sua utilização para o bem, o bom, o belo.
Usar a língua de forma apropriada, construindo, é também demonstração de
sabedoria.
* * *
Você sabia que certa vez um califa prendeu um de seus maiores inimigos?
Desejando dar um fim ao desafeto, pediu a opinião de seu melhor
ministro.
O servidor, exemplificando como se pode utilizar as palavras com
harmonia, argumentou:
Príncipe, se o matares, terás feito o que outros fazem. Se o perdoares,
serás único.
Falar, edificando, é sinal dos que admitem Jesus como Mestre e O seguem.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 61, do livro Ideal
Espírita, por Espíritos Diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed.
CEC.
Em 18.7.2019.
Luz, Amor e
Gratidão
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