Desde que a sogra de Simão Pedro
fora curada por Jesus, ficara maravilhada com os Seus poderes.
Sua atenção voltou-se para aquele
Pai Celestial a quem o Nazareno se dirigia, e que, segundo Ele, estava sempre
atento para responder aos nossos pedidos.
Reflexionando a respeito, pensou
que poderiam ser solicitados a Jesus alguns favores especiais para os seus
familiares.
Sugeriu que o genro lhe falasse de
suas dificuldades financeiras, dos trabalhos sem fim, desde que a Sua voz era
ouvida pelo Todo Poderoso.
O pescador simples e generoso se
sentiu tentado a perguntar ao Mestre. Jesus conhecia o melhor caminho para
solucionar os problemas, quem sabe não os ajudaria.
Chegado um momento propício, Simão
fez a pergunta:
Mestre, será que Deus ouve todas
nossas orações?
A resposta foi imediata e
afirmativa.
O apóstolo não se conteve e
continuou: Mas se Deus ouve a súplica de todas as pessoas, por que a vida de
uns e outros é tão diferente?
Jesus entendeu a curiosidade
profunda do amigo e aproveitou para explicar que o mundo pertence a Deus e que
todos somos Seus servidores.
Cada qual está posto no lugar
certo, na hora certa e com o serviço certo para melhor santificar o resultado
que Deus espera de nós.
Não há colocação ou serviço melhor
ou pior, porque a soma de todos eles completam o objetivo maior.
E concluiu dizendo que a oração
deve ser um recurso permanente para nos mantermos em comunhão com o Pai
Celestial.
Deus conhece perfeitamente a
situação e o porquê das dificuldades de cada um.
Conforme ouvia as explicações sobre
a comunicação entre o homem e Deus através da prece, Pedro tentava compreender
melhor.
Passados alguns dias, reunidos os
apóstolos, um deles pediu que Jesus os ensinasse a dirigir as súplicas ao Pai
Celeste.
Foi então que o Messias, colocando
amor imenso em Suas palavras, anunciou:
Quando orardes, dizei assim: Pai
nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome.
Venha a nós o Teu reino.
Seja feita a Tua vontade, assim na
Terra como nos céus.
O pão nosso de cada dia dá-nos
hoje.
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim
como perdoamos aos nossos devedores.
Não nos deixes cair em tentações e
livra-nos de todo o mal, porque Teus são o reino, o poder e a glória para
sempre.
O apóstolo Mateus tomou nota das
sagradas palavras e as ofereceu ao mundo nos versículos do Evangelho que logo
mais escreveria.
Desde aquele dia, essa oração se
espalhou como um perfume dos céus pelo mundo inteiro.
Ela sintetiza tudo que deve conter
nosso diálogo com Deus: louvor, pedido, agradecimento.
Toda vez que a pronunciamos,
reconhecemos a grandeza do Criador do Universo e mantenedor das nossas vidas.
Formulamos o pedido pelas nossas
necessidades materiais e espirituais, entregando-nos à Sua guarda.
Tudo isso num grande poema de
reconhecimento a quem tudo pode, tudo faz, tudo provê: nosso Pai Celestial.
Uma prece simples, completa,
profunda.
Redação
do Momento Espírita, com base no cap. 18 do livro Boa Nova, pelo Espírito
Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em
6.7.2019.
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