Entre setembro de 1968 e janeiro de 1969, um
desenho criado pela Hanna-Barbera foi transmitido originalmente pelo canal CBS,
nos Estados Unidos.
Também teve sua transmissão no Brasil, em mais de
um canal televisivo. Chamava-se Corrida maluca.
Eram onze veículos estranhos com ocupantes ainda
mais estranhos que iam de um dragão que cuspia fogo a um urso chorão, de uma
quadrilha de morte aos irmãos Rocha, Pedra e Cascalho.
A competição era pelo título mundial de corredor
mais louco do mundo, em um rally pela América do Norte.
A inspiração para a criação da animação veio de um
filme chamado A corrida do século, de 1965.
Nele havia uma personagem chamada Maggie Dubois,
que foi transformada na Penélope Charmosa, e um professor chamado Fate, que deu
origem ao vilão Dick Vigarista.
Esse vilão, a cada corrida, tinha uma preocupação
principal: criar obstáculos para que os concorrentes não cruzassem a linha de
chegada.
Assim, esmerava-se em montar armadilhas, ao longo
do trajeto. Com um detalhe, o seu ajudante, Mutley, costumava fazer sempre
alguma coisa errada, na hora de colocar o plano em prática.
Como resultado, a cada episódio, Dick Vigarista
acabava provando de seu próprio mal.
Apesar de ser uma competição, não foi feito um
episódio final contando quem foi o grande vencedor.
No entanto, algo ficou bem evidenciado em cada um
dos circuitos que foram ao ar: Dick Vigarista nunca ganhou uma corrida.
Era tanta armação e tantos problemas que ele
tentava criar para os outros, que nunca conseguiu cruzar a linha de chegada, em
primeiro lugar.
A animação teve uma única temporada, de dezessete
capítulos, divididos em trinta e quatro segmentos. Foi retirada do ar, porque
os pais, à época, estavam preocupados com a violência apresentada para as
mentes infantis.
* * *
Como de tudo na vida nos compete retirar as lições
para nós próprios, não poderia ser de outra forma, ao enfocarmos a corrida
maluca.
Quantos de nós seremos como Dick Vigarista,
preocupados em criar obstáculos aos outros para que não alcancem os objetivos
traçados, sejam eles um concurso, uma competição?
Não nos surpreendemos, por vezes, em jogos que
deveriam ser somente para nos distrair, em horas de lazer, elaborando formas
desonestas de impedir a vitória do outro?
Quantos de nós estaremos mais preocupados com o que
fazem os demais, esquecendo de atentar para o que nos compete realizar,
alcançar?
Quantos invejamos o carro novo do vizinho, a festa
espetacular do conhecido, a casa do colega transformada em mansão, depois de
uma reforma?
Quantos nos detemos a comentar o que faz ou deixa
de fazer o nosso semelhante, sem nos darmos conta do tempo precioso que estamos
perdendo?
Tempo que melhor seria empregado no esforço de
observação de nós mesmos, das nossas necessidades, do que devemos empreender
para alcançarmos nossos objetivos.
Afinal, o que nos deve importar não é impedir que
outros tenham êxito, mas nos esforçarmos para cruzar a linha de chegada.
O importante, dessa forma, é nos preocuparmos
conosco mesmos, com nosso desempenho, no intuito de alcançar aquilo a que nos
propomos.
Pensemos a respeito.
Redação do Momento Espírita.
Em 6.4.2019.
Em 6.4.2019.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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